Fiat Uno G1 – (1984 – 2013) – Avaliação, review e opinião

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18 de janeiro - 2022 | Atualizado dia 15 de setembro de 2023

Por: Lucas Bueno

Conheça mais sobre o Fiat Uno G1, incluindo seus pontos fortes e fracos

O Fiat Uno G1 foi lançado no Brasil em 1984, um ano depois de sua apresentação oficial na Itália. O modelo tornou-se um marco para a história não apenas da própria Fiat, mas também do mercado automotivo brasileiro.

Contando só o Fiat Uno G1, foram quase 30 anos de produção e milhões de unidades fabricadas, deste que foi o primeiro projeto global da fabricante italiana a ser oferecido no Brasil. Além disso, esse foi o carro mais vendido da marca em nosso país e o que ficou mais tempo em comercialização.

A rica trajetória do compacto italiano envolve inúmeras versões, séries especiais, configurações mecânicas e estéticas, entre outros atributos que ajudaram a fazer dele um carro tão singular.

Design

Os esforços de design das montadoras costumam ser medidos pela importância de um carro e, quase sempre, essa importância está atrelada a dois fatores: posicionamento do produto e localização, ou seja, em quais mercados ele será vendido.

Cotado como sucessor do Fiat 147 (chamado de 127 na Itália), um dos objetivos do Uno era ser oferecido em muitos países diferentes, o que aumentava a responsabilidade em seu desenvolvimento.

Com isso, o desenho do veículo ficou a cargo de Giorgetto Giugiaro, fundador do renomado estúdio Italdesign, que assinou as linhas de modelos icônicos como o DMC DeLorean, BMW M1, Maserati 3200GT, entre muitos outros.

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Giugiaro desenhou um compacto de linhas simples, mas harmoniosas e até com um ligeiro ar de elegância!

Contando com linhas predominantemente quadradas, o Uno G1 traz faróis de monoparábola bifocal em formato quadrado, separados das setas retangulares que pegam parte da lateral e que são interligados por uma grade de filetes horizontais em preto fosco, mesma cor presente nos para-choques, independentemente da versão.

Na lateral, chamam atenção as colunas finas e janelas grandes que melhoram a visibilidade de dentro do carro, ajudando nas manobras.

Por fim, a traseira conta com pequenas lanternas quadradas com seus elementos luminosos bem demarcados, suporte de placa na tampa do porta-malas e um escape bastante aparente abaixo do para-choque.

Mecânica

Parte da riqueza histórica do Uno se deve à variedade de motores que já equiparam o compacto ao longo dos anos. O modelo surgiu com blocos alimentados por carburação convencional, mas sempre acompanhou as tendências, incorporando cada novidade que aparecia.

O tempo trouxe modernidades como o carburador eletrônico, a injeção eletrônica e, por fim, os motores bicombustíveis. O Fiat Uno G1 teve até motor sobrealimentado por turbocompressor, uma solução voltada para variantes esportivas e que, infelizmente, não durou muito tempo.

Começando pelos mais antigos, o Uno estreou com os motores naturalmente aspirados da família Fiasa: um 1.0 que gera até 48 cv e 7,4 kgfm e um 1.3 de 59 cv e 10 kgfm de potência e torque máximos. Vale lembrar que o Uno foi o primeiro carro com motor “mil” do Brasil.

Tempos depois veio o 1.5 da família Sevel, seguido pelo 1.6 derivado dele, que deu origem aos famosos 1.5R e 1.6R de pegada mais esportiva.

Falando em esportividade, o ápice foi em 1994 com a versão Turbo dotada de um 1.4 sobrealimentado, capaz de gerar até 118 cv e 17,5 kgfm, sendo o primeiro carro fabricado no Brasil equipado com motor turbinado.

Por fim, ele recebeu o motor 1.0 da família Fire, do tipo flex, capaz de gerar até 66cv e 9,1kgfm.

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Interior

Pensado para ser um carro absolutamente barato, o interior do Uno de primeira geração era mais simples que o interior que qualquer outro carro poderia ter.

Nas variantes mais baratas dos primeiros modelos, não havia nem mesmo encostos de cabeça para os bancos dianteiros, muito menos ajuste de inclinação do encosto.

Isso porque o banco era fixo e, em caso de acidente, era grande a chance dos passageiros se machucarem seriamente por conta da ausência dos apoios de cabeça. O painel horizontal trazia, na parte superior, alguns porta-objetos rasos que podiam abrigar chaves, livros ou revistas de menor porte.

A carroceria também ficava exposta ao redor das portas, mas a porção central era toda forrada em tecido com um simples apoio de braço ao centro.

Já o painel de instrumentos trazia uma solução interessante que nunca mais se viu em outro carro após o Uno: os comandos de luzes e do limpador de para-brisa eram do tipo satélite, ao lado do cluster de instrumentos que fica logo atrás do volante, mais próximos de onde o motorista deixaria as mãos na maior parte do tempo.

A ideia era permitir que o motorista mantivesse as mãos no volante o máximo de tempo possível, realizando as demais operações apenas com os dedos.

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Tecnologia

Além de ter sido pensado para ser o mais barato possível, o Fiat Uno G1 nasceu em uma época em que os tópicos “tecnologia embarcada” e “segurança” eram restritos aos caríssimos carros importados.

O compacto italiano renunciava equipamentos triviais atualmente, encontrados em qualquer carro de entrada, mas chegou a oferecer certos confortos com o passar dos anos.

Enquanto os primeiros modelos traziam um simples sistema de ventilação dotado unicamente de saídas centrais, a Fiat chegou a oferecer ar-condicionado nos mais novos. Até mesmo o retrovisor externo direito foi opcional durante algum tempo.

Os modelos mais equipados surgiram com o tempo e o aumento da concorrência!

Alguns deles eram equipados com vidros e travas elétricas, rodas de liga leve, travamento do carro com acionamento remoto do alarme, limpador e desembaçador traseiro, direção hidráulica, marcador de temperatura do arrefecimento no painel de instrumentos, entre alguns outros itens.

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Principais pontos fortes

Custo

Poucos carros são tão baratos de comprar e manter quanto o Fiat Uno G1. Sua simplicidade geral aliada ao grande volume de vendas fez dele o carro perfeito para quem deseja ter um automóvel sem gastar muito.

Consumo

Pesando aproximadamente 900 kg, o Uno está longe de ser um primor de desempenho, mas compensa isso com um baixo consumo, independentemente do tipo de motor escolhido.

Versatilidade

Apesar de ser pequeno, a simplicidade e o bom aproveitamento de espaço fazem do Uno um carro bom para quase tudo. Seja como veículo da família ou do trabalho, o modelo sustenta (com razão) a boa fama de “amigo para todas as horas”.

Principais pontos fracos

Desempenho

Se você tem o pé pesado ou costuma dirigir apressado, o Uno não é para você.

Embora seja um carro muito leve, todos os motores que equiparam o modelo são tão modestos quanto a proposta do Uno em si, sendo apenas suficientes para levá-lo com certa eficiência.

Se precisa do carro para trabalhar e tem o hábito de levar peso, também deve evitar o italiano.

Segurança

Ao longo de toda sua trajetória, o máximo de segurança que o Fiat Uno G1 recebeu foram cintos de três pontos e encostos de cabeça – somente para os passageiros da frente.

Os ocupantes de trás só vieram a conhecer esses itens nos últimos anos do Uno Mille e, ainda assim, isso está longe do ideal para os que se preocupam com segurança a bordo de seus carros.

Esqueça freios ABS, airbags, controles de tração e estabilidade, entre outros: apenas a segunda geração conheceu tais itens.

Condições de uso

Ser tão versátil faz o Uno sofrer de um efeito colateral: são muitos os exemplares que podem já ter sido utilizados para atividades pesadas e trabalhos que aceleram a deterioração do carro.

Caso esteja de olho em um, vale a pena procurar com calma e fazer uma inspeção minuciosa em cada unidade que for conferir de perto.

Se ver sinais de desgaste acentuado e/ou tentativas de disfarçar problemas de funilaria ou mecânica, é melhor partir para outra.

Principais concorrentes

Veja também as avaliações completas que nós fizemos sobre os principais concorrentes do Fiat Uno G1:

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