O Honda Civic G10 chegou ao mercado brasileiro em 2017 e foi um divisor de águas.
Além de ter mudado completamente, ele trouxe um motor inédito no mercado e um estilo visual que o distanciou dos rivais, deixando a impressão de ter subido de categoria.
Confira a trajetória da décima geração do Civic no mercado brasileiro!
Design
O Civic sempre teve um design mais ousado do que a maioria dos sedans da sua categoria, mas a décima geração levou essa ousadia a um novo patamar.
O novo Civic ganhou ares de coupé de quatro portas e, de tão radical, a mudança despertou reações do tipo “ame ou odeie”.
A dianteira manteve os faróis, mesclando projetor para luz baixa com refletor para alta, mas trouxe um “L”, em LED, para as funções de luz de posição e luz diurna (DRL).
Já o para-choque ganhou grandes porções em preto fosco para abrigar os faróis de neblina e ajudar a arrefecer o motor.
Na lateral, além dos vincos nas portas, o Civic G10 ganhou um ar de carro premium, por conta do teto que percorre suavemente todo o perfil até a extremidade da tampa do porta-malas.
Essa mudança faz com que ele pareça um modelo dois volumes, fugindo do tradicional perfil de sedan, com os três volumes bem demarcados.
Por fim, a traseira também passou a trazer bem mais vincos do que o modelo anterior e as novas lanternas ganharam um pequeno prolongamento que invade a tampa do porta-malas, mas que é funcional.
As luzes de posição traseiras, que também passaram a ser de LED, se estendem da parte principal da lanterna até esse prolongamento, conferindo um visual distinto e marcante à noite.
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Mecânica
A ousadia das mudanças visuais não se refletiu tanto na parte mecânica. Embora a plataforma seja nova, o Civic G10 manteve um velho conhecido do brasileiro.
Com exceção da versão mais cara, todas as demais vieram com o antigo 2.0 aspirado Flex de até 155 cv e 19,5 kgfm, que foi utilizado pela nona geração.
A diferença aqui está na transmissão: o G9 usava uma caixa automática convencional de cinco marchas e o G10 veio com uma transmissão automática do tipo CVT, capaz de simular até sete marchas.
Além disso, a versão de entrada podia receber uma caixa manual de seis velocidades.
A verdadeira ousadia mecânica do G10 é exclusividade da versão Touring, a top de linha: no lugar do 2.0 aspirado, a Honda trouxe um inédito 1.5 turbo da família EarthDreams, importado do Japão. Esse motor tem um consumo alto de combustível e gera até 173 cv e 22,4 kgfm.
Esses números são bem mais empolgantes do que os do motor 2.0 e garantem um comportamento muito superior ao carro, o que ajudou o Civic a se distanciar ainda mais dos rivais com motor aspirado.
Assim como o 2.0, o 1.5T trabalha com uma transmissão automática do tipo CVT e, independente do motor, a tração é dianteira.
Interior
A cabine do Civic G10 acompanhou o exterior e mudou por completo, quando comparada à do G9.
A principal diferença, que sempre é comentada com certo pesar pelos donos/entusiastas desse sedan, é a perda do painel de instrumentos dividido em dois andares.
Essa solução estética surgiu na oitava geração do Civic (chamado até hoje de “New Civic” pelos brasileiros) e ficou marcada pelo visual “diferentão” e sofisticado.
No seu lugar se encontra um painel convencional com um cluster de instrumentos unificado e, dependendo da versão, com uma tela de 7 polegadas para todas as principais funções, em substituição aos mostradores analógicos.
Em contrapartida, o acabamento evoluiu e é perceptível o amadurecimento do design do interior. Detalhes como as saídas de ar ficaram menores e horizontais (mais elegantes).
O console central, que passou a centralizar alguns comandos e abandonou a alavanca do freio de estacionamento, foi substituído pelo moderno sistema eletrônico com acionamento por botão, que também trouxe a função Auto Hold, inédita no modelo.
O volante manteve os três raios, mas veio com um novo desenho, além da central multimídia que integrou comandos do sistema de ar-condicionado que, nas versões mais caras, passou a ser de duas zonas.
Veja também a avaliação que nós fizemos sobre os principais concorrentes do Civic G10:
Tecnologia
O Civic nunca esteve entre os carros mais equipados e tecnológicos do seu segmento, mas a Honda quis mudar isso com a décima geração.
Mesmo a versão de entrada trouxe itens de série como:
- Ar-condicionado digital;
- Seis airbags;
- Controles de tração e estabilidade;
- Luzes diurnas em LED;
- Faróis de neblina;
- Painel de instrumentos semi digital;
- Central multimídia com Bluetooth;
- Freio de estacionamento eletrônico com função Auto Hold (que mantém o carro parado após uma frenagem, mesmo com o câmbio em “D” e o pedal do freio liberado);
- Vidros com função “um-toque” para todos.
Já a versão Touring, mais cara e equipada, trouxe alguns elementos já conhecidos dos Civic mais caros, além de outros inéditos:
- Teto solar elétrico;
- Multimídia com tela maior e espelhamento para smartphones;
- Faróis principais Full LED e de neblina em LED;
- Ar-condicionado de duas zonas;
- Sistema LaneWatch com câmera no retrovisor direito (para monitoramento de ponto cego);
- Banco do motorista com ajustes elétricos;
- Retrovisor fotocrômico.
Quer saber mais sobre o Honda Civic G10? Veja este vídeo:
Principais pontos fortes
Comportamento
O Civic é um carro gostoso de dirigir. Seja em trechos urbanos ou rodoviários, com o carro vazio ou cheio, ele se comporta de maneira exemplar o tempo todo.
A décima geração não apenas manteve essas antigas qualidades (como a suspensão independente nas quatro rodas), como as reforçou.
Se você faz questão de uma direção prazerosa e dinâmica, o Civic é a compra certa!
Design
Embora divida opiniões, o Civic G10 agrada a maioria dos consumidores e chama atenção por onde passa, por conta do seu design diferente do habitual.
O interior também evoluiu bastante e não deixa que se sinta falta dos modelos mais antigos.
Itens de série
O G10 deixou o passado “básico” de lado e trouxe uma boa lista de equipamentos, independentemente da versão.
Todos os itens de conforto que um sedan médio pede estão disponíveis, o que torna o convívio com o esse carro muito agradável.
Principais pontos fracos
Motor 2.0
Manter um motor antigo em um projeto novo foi uma solução barata, mas que não agradou boa parte dos potenciais compradores do Civic G10.
Não há como negar que o motor dá conta do carro, mas apenas “dar conta” não é o bastante quando se paga mais de 100 mil reais.
O 2.0 aspirado simplesmente não tem chance contra os modernos turbinados dos rivais, tanto em desempenho quanto em economia.
Espaço traseiro
A nova silhueta de coupé deixou o Civic mais chique, mas prejudicou o espaço traseiro, principalmente para as pessoas mais altas.
Quem tem mais de 1,70 m pode se sentir desconfortável ao viajar no banco traseiro, principalmente em lombadas, porque existe a possibilidade de bater a cabeça no teto.
Motor 1.5T
O motor turbinado que equipa a versão Touring é muito melhor que o 2.0, em quase tudo. Seus dois pecados são o fato de ser importado e ter um consumo de combustível muito alto.
Em um país em que a gasolina possui, obrigatoriamente, mais de 27% de etanol misturado, isso pode acarretar problemas muito antes do esperado.
Além disso, o fato do 1.5T ser importado dificulta e encarece as manutenções futuras.
Outros concorrentes
- Kia Cerato;
- CAOA Chery Arrizo 6.
Histórico de versões
2017/2017
- Sport;
- EX;
- EXL;
- Touring – Modelo de lançamento.
2017/2018
- Sport;
- EX;
- EXL;
- Touring – Linha 2018.
Novidades – Versão Sport:
- Nova central multimídia com espelhamento para smartphones;
- Painel de instrumentos atualizado;
- Novos acabamentos internos;
- Retrovisores externos com acabamento preto.
Versão EX:
- Nova central multimídia com espelhamento para smartphones;
- Painel de instrumentos atualizado.
Versão EXL:
- Sensores dianteiros e traseiros de estacionamento.
2018/2019
- Sport;
- EX;
- EXL;
- Touring;
- Si – Linha 2019.
Reposicionamentos:
- Acréscimo da versão Si.
Novidades – A partir da versão EX:
- Nova cor Azul Cósmico.
2019/2020
- LX;
- Sport;
- EX;
- EXL;
- Touring;
- Si – Linha 2020, primeiro facelift.
Reposicionamentos:
- Retirada da versão Sport com câmbio manual;
- Acréscimo da versão LX como novo modelo de entrada.
Novidades – Todas as versões:
- Para-choques redesenhados;
- Novas rodas aro 17 (exceto versão Sport);
- Sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
Versão Sport:
- Sensor crepuscular (acendimento automático dos faróis).
Versão EX:
- Sistema de som com oito alto-falantes;
- Bancos em couro;
- Retrovisor interno fotocrômico.
Versão EXL:
- Saídas traseiras de ar-condicionado;
- Partida por botão;
- Chave presencial.
Versão Touring:
- Carregador de smartphones por indução;
- Som premium com 10 alto-falantes e 450 watts.
Versão Si:
- Faróis de neblina em LED;
- Novas rodas aro 18;
- Sensor de chuva;
- Carregador de smartphones por indução;
- Som premium com 10 alto-falantes e 450 watts.
2020/2021
- LX;
- Sport;
- EX;
- EXL;
- Touring;
- Si – Linha 2021.
Novidades – Todas as versões:
- Sensor crepuscular (acendimento automático dos faróis);
- Controle de ajuste de altura do facho de farol baixo;
- Sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
Versão LX:
- Central multimídia com espelhamento para smartphones;
- Iluminação no porta-luvas e espelhos dos para-sóis.
Versão Sport:
- Chave presencial;
- Partida por botão.
Versão EX:
- Chave presencial;
- Partida por botão;
- Sensores traseiros de estacionamento;
- Saídas traseiras de ar-condicionado.
Versão EXL:
- Faróis Full LED;
- Faróis de neblina em LED;
- Central multimídia com comando giratório de volume.
Versão Touring:
- Central multimídia com comando giratório de volume.