Conheça os detalhes do Renault Fluence e saiba quais são os principais pontos fortes e fracos desse modelo.
O Fluence foi o último sedan médio da Renault no Brasil. Apresentado ao mercado nacional em 2010, ele foi descontinuado logo em 2018.
A ideia na época do lançamento é que ele fosse uma espécie de sucessor do Mégane, um modelo que teve boa participação no segmento de sedans médios e fez sucesso entre os motoristas profissionais.
Vai comprar um Renault Fluence usado? Então consulte o histórico e evite problemas!

Design
Embora não exista uma ligação direta entre os modelos, o Renault Fluence nasceu para tentar preencher o vazio deixado pela falta de um sedan na gama do Mégane de terceira geração.
Além da plataforma, o Fluence compartilha diversos elementos visuais e mecânicos com o Mégane da mesma época, embora apresente design próprio e concepção mais barata, visando atuar em mercados emergentes.
A dianteira traz faróis horizontais de duplo refletor (projetor nas mais caras) e uma estreita grade entre eles, além de uma abertura maior no para-choque com faróis de neblina.
A linha de cintura ascendente começa nos faróis e vai até a tampa do porta-malas, fazendo oposição ao caimento suave do teto que deixou o sedan com um perfil mais elegante. Na traseira, lanternas horizontais e para-choque protuberante marcam o estilo do francês.
Mecânica
O Renault Fluence é montado sobre a plataforma C, desenvolvida pela aliança Renault-Nissan, também utilizada pelo próprio Mégane G3 (que nunca foi vendido oficialmente no Brasil) e pela penúltima geração brasileira do Sentra.
Ele pode ser encontrado com motores 1.6 e 2.0, ambos aspirados Flex, e opção de câmbio manual de seis marchas ou automático do tipo CVT.
Durante um curto período, o Fluence pôde ser comprado na versão esportiva GT, uma aposta da Renault em um produto diferenciado sem rivais diretos.
Seu motor era conhecido 2.0 “F4R”, mas modificado para trabalhar turbinado e somente com gasolina, rendendo até 180 cv e 30,6 Kgfm, números suficientes para garantir um 0 a 100 Km/h em 8 segundos.
Por padrão, a suspensão traseira de todos os Fluence é por eixo de torção e os freios são a disco nas quatro rodas.
Interior
Mesmo com a personalidade própria do desenho externo do Fluence, a Renault quis que a cabine do sedan deixasse bem claro o seu parentesco com o “primo rico” comercializado em solo europeu.
Basicamente, todo o interior do Fluence é o mesmo do Mégane de terceira geração: desenho, detalhes, materiais, tudo.
Começando pelo painel de instrumentos com dois mostradores analógicos e um digital à direita, as saídas de ar horizontais, a tela destacada do multimídia na parte superior do centro do painel, até os comandos do ar-condicionado digital, os comandos de rádio um pouco mais abaixo e a mescla de materiais com tons de cinza escuro e claro.
Tecnologia
Como bom carro francês de categoria acima dos populares, o Renault Fluence já entrega um bom pacote de itens mesmo na versão mais barata.
Ela agrega:
- Freios ABS;
- Seis airbags;
- Ar-condicionado digital de duas zonas com saídas traseiras;
- Sensores crepuscular e de chuva;
- Faróis de neblina, entre outros.
Já a mais cara pode ser encontrada com:
- Rodas de liga leve aro 17;
- Central multimídia com GPS nativo;
- Sensores traseiros de estacionamento;
- Piloto automático;
- Retrovisores com rebatimento elétrico;
- Controle de estabilidade, entre outros.
O teto solar elétrico sempre foi um opcional em qualquer configuração, enquanto os faróis baixos em xênon com lavadores foram opcionais exclusivos da variante mais cara.
Saiba mais sobre o Renault Fluence neste vídeo:
Principais pontos fortes
Espaço interno
O Fluence é um carro grande e espaçoso tanto para os ocupantes quanto para as malas. Se você precisa levar a família com conforto, ele é uma ótima pedida.
Itens de série
Mesmo na versão de entrada, o Renault Fluence já entrega um pacote de itens satisfatório para a categoria, principalmente se considerar o custo de compra igual ou inferior ao de rivais mais consagrados, mas menos equipados.
Versão esportiva
Quer um carro com mais tempero? O Fluence foi um dos pouquíssimos sedans à venda no Brasil a oferecer isso. Apenas tenha paciência, pois achar um exemplar em bom estado é bastante difícil.
Principais pontos fracos
Consumo
Um motor 2.0 aspirado aliado a um câmbio CVT em um carro que pesa quase 1.400 Kg é a receita certa para um alto consumo de combustível. Caso o consumo seja uma das suas preocupações, evite esse modelo.
Manutenção
O Renault Fluence é um dos sedans médios mais baratos no mercado de usados e boa parte disso se deve ao custo/complexidade da manutenção. Não é um carro que costuma apresentar defeitos, mas quando acontece, incomoda bastante o bolso do proprietário.
Mercado
O Fluence se despediu do Brasil em 2018 sem previsão alguma de sucessor. Além disso, o preconceito com carros franceses continua comum entre os consumidores brasileiros, o que pode dificultar a venda.
Principais concorrentes diretos
Peugeot 408
Citroën C4
Fiat Linea
Chevrolet Vectra
Hyundai Elantra
Ford Focus Sedan
Kia Cerato