BMW X1 G2 (2016 – 2022) – Avaliação, review e opinião

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23 de janeiro - 2023 | Atualizado dia 4 de julho de 2023

Por: Emiliana Marini

Saiba tudo sobre o BMW X1 G2 e conheça os principais pontos fortes e fracos desse modelo. 

A segunda geração do BMW X1 foi lançada no mercado brasileiro logo no começo de 2016, no primeiro bimestre, apenas alguns meses após a apresentação para o mercado global.  

O utilitário esportivo passou por profundas mudanças para se nivelar aos demais SUVs compactos da linha premium, com uma nova plataforma que permitiu a concepção de uma carroceria mais espaçosa e robusta, muito mais tecnologia embarcada e motores mais eficientes.  

Design 

A segunda geração do X1 foi projetada com um objetivo claro: crescer e desfazer as más impressões deixadas pela geração anterior. Embora ele tivesse sua base de fãs, o primeiro X1 mais parecia uma “station-wagon”, por causa da sua arquitetura compartilhada com o Série 1 da época.  

Por conta do motor longitudinal, a longa dianteira precisava acomodar o propulsor e, ao mesmo tempo, acabava por roubar preciosos centímetros da cabine, deixando o habitáculo mais apertado e alongando a silhueta do SUV, quebrando a ideia de um utilitário esportivo. 

A segunda geração mudou isso ao trazer uma nova arquitetura lançada no Série 2 em carroceria estilo minivan, o que permitiu um desenho mais condizente com a categoria e deixou o X1 mais atraente.  

Com inspiração no conceito X4 de 2013, a dianteira manteve os faróis horizontais com as luzes de posição circulares, mas adotou iluminação quase que totalmente em LEDs e uma grade maior que se emoldura pelo capô na parte superior.

Já o para-choque, apesar de novo, manteve o estilo visual do anterior com os faróis de neblina elevados, próximos aos principais, e três aberturas na parte inferior com detalhes decorativos. 

De lado, o X1 de segunda geração manteve referências claras ao antecessor como os vincos que atravessam as portas, mas ganhou refinamento com mais detalhes em prata ou cromo e um perfil mais alto de maneira geral.  

Foto da lateral direita de um BMW X1 Geração 2 na cor branca. Na foto, o carro está estacionado em frente a um lago.

Por fim, a traseira manteve as lanternas horizontais que invadem o porta-malas, mas veio com um desenho mais arrojado que remete aos irmãos X5 e X6 da época. A placa de identificação do veículo se manteve na tampa do porta-malas. 

Foto da traseira de um BMW X1 G2 branco. Na foto, o carro está estacionado em frente a um lago.

Mecânica 

Construído sobre uma variante alongada da plataforma UKL, a mesma utilizada pelos atuais MINI Countryman e Clubman, o BMW X1 G2 chegou ao Brasil com duas variantes do motor 2.0 turbo de quatro cilindros da família B48, abastecido somente com gasolina.  

A mais fraca gera até 192 cv e 28,5 kgfm, contando com tração unicamente dianteira, enquanto a mais forte entrega até 231 cv e 35,7 kgfm, dispondo de tração integral sob demanda.

Em todos os casos, a transmissão é automática convencional de oito marchas e há freios por discos ventilados nas quatro rodas, além de suspensão traseira independente tipo multilink. 

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Interior 

Enquanto o exterior passou por grandes mudanças, a cabine do X1 de segunda geração mudou pouquíssimo em comparação ao modelo anterior.  

Todo o layout básico de equipamentos, comandos e partes da cabine permaneceu o mesmo, trazendo apenas controles redesenhados e elementos modernizados como o painel de instrumentos parcialmente digital, dependendo da versão, e a central multimídia iDrive que trocou a tela integrada no painel por uma peça no estilo flutuante. 

Foto mostrando o volante, as saídas e os controles de ar, o câmbio, a lateral da porta e uma parte do assento do banco do motorista.

As partes do acabamento também são diferentes como, por exemplo, os forros das portas e molduras do painel, mas a disposição dos elementos é a mesma da cabine do antecessor. Há superfícies macias ao toque (soft touch) e detalhes que imitam alumínio em várias partes, ajudando a deixar o ambiente mais sofisticado. 

Foto dos bancos traseiros do carro, que são pretos com costuras vermelhas.

Tecnologia 

Por causa do seu preço e posicionamento, o BMW X1 G2 já traz uma generosa lista de equipamentos desde a versão de entrada, diferenciando as mais caras por detalhes estéticos e/ou mecânicos.  

No ato do lançamento, em 2016, o X1 mais barato trazia itens como:  

  • Faróis Full LED adaptativos; 
  • Sensores crepuscular e de chuva; 
  • Retrovisor interno fotocrômico; 
  • Faróis de neblina halógenos; 
  • Seis airbags; 
  • Controles de tração e estabilidade; 
  • Piloto automático. 

Já as versões mais caras acrescentam mimos como: 

  • Teto solar panorâmico; 
  • Ar-condicionado digital de duas zonas; 
  • Bancos dianteiros com acabamento esportivo e ajustes elétricos (com memória para o do motorista); 
  • Soleiras customizadas; 
  • Porta-malas com fechamento eletrônico; 
  • Rodas aro 19; 
  • Tração integral sob demanda; 
  • Detalhes internos em alumínio legítimo escovado e externos cromados. 

Principais pontos fortes 

Design 

Se o primeiro X1 era baixo demais para um SUV, o segundo não deixa dúvidas para ninguém.  

Na prática, as diferenças nas medidas são pequenas, mas a BMW tratou o visual e aproveitou a nova plataforma para deixar o X1 com o aspecto de utilitário que o mercado pediu desde o começo da vida do modelo.

Ele faz boa presença nas ruas e remete aos irmãos X5 e X6, bem-sucedidos em suas categorias. 

Mecânica 

Munido de motores 2.0 sobrealimentados por turbo, o BMW X1 G2 entrega níveis satisfatórios de desempenho e consumo em qualquer ocasião, tendo o acréscimo da tração integral na versão mais cara que atende aos mais exigentes. 

Equipamentos 

A estratégia da BMW para a segunda geração do X1 foi muito interessante. Mesmo a versão de entrada já traz todo o recheio básico que se espera de um carro premium.

Enquanto isso, as mais caras se diferenciam, principalmente, pelo conjunto mecânico, o que acaba atraindo somente o público que faz questão de algo a mais em performance.  

Aos que só desejam a experiência e o status de um modelo premium, mesmo os X1 mais baratos atenderão com tranquilidade. 

Principais pontos fracos 

Motor a gasolina 

Não são poucos os relatos de problemas com os motores a gasolina, por culpa do nosso combustível.

Redobre a atenção no ato da compra e certifique-se de que o motor está funcionando perfeitamente, porque os casos famosos acusam elementos como a bomba de combustível, bicos injetores e bobinas. 

Pneus runflat 

Mais adequados ao piso europeu, os pneus runflat (que suportam rodar por uma distância razoável mesmo quando furados) vieram de série no X1 e são altamente ruidosos, além de piorar o consumo de combustível e serem muito mais caros do que os convencionais.  

Foi uma ideia que não deu certo do ponto de vista prático, mas que a BMW insiste até hoje para poupar seus carros dos estepes. 

Estilo 

O X1 ficou mais bonito e agradável, mas ao mesmo tempo, abriu mão de sua personalidade própria ao adotar um design mais genérico, como se fosse uma miniatura do X5.

Nem todos os fãs mais calorosos da marca aprovaram essa mudança, além da perda da tração traseira por conta da troca de plataforma e dos motores de seis cilindros, queridos pelo ronco característico e a farta entrega de potência. 

Principais concorrentes 

  • Audi Q3; 
  • Mercedes-Benz GLA; 
  • Jaguar E-Pace; 
  • Land Rover Range Rover Evoque; 
  • Lexus UX. 

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