Ford Focus G1 (2001-2008) – Avaliação, review e opinião

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9 de julho - 2024 | Atualizado dia 2 de agosto de 2024

Por: Rafael Moreira

O Focus é um modelo de porte médio que foi comercializado pela Ford no Brasil em três gerações. A primeira delas chegou ao país em meados do ano 2000, dois anos após sua estreia no mercado europeu, fabricada na Argentina e oferecida no mercado brasileiro em carrocerias hatch e sedan.

Pensado para substituir o Escort, o Focus trouxe o ar de modernidade e renovação que a marca precisava, recolocando-a na briga dos modelos médios com um produto competitivo e alinhado com os rivais igualmente renovados como o Volkswagen Golf e o Chevrolet Astra, entre outros.

Este artigo abordará todos os detalhes do médio europeu, além de analisar seus principais pontos fortes e fracos.

Design

A primeira geração do Focus seguiu o conceito de design que a Ford chamava de “New Edge”, uma linguagem introduzida ao mundo em 1995 através do supercarro conceitual GT90 que apostava em linhas bastante ousadas, ângulos controversos e soluções estilísticas nada convencionais.

Traseira do Ford Focus G1, exibindo o porta-malas e toda a lateral do passageiro.

Trata-se da mesma filosofia que deu origem ao estilo de modelos como a reestilização da primeira geração do Mondeo e o famigerado Ford Ka, também da primeira geração, e que fez o primeiro Focus parecer muito mais moderno do que era, ajudando a destacá-lo entre seus rivais da época.

Na dianteira, grandes faróis triangulares trazem lente lisa em acrílico e se interligam por uma diminuta grade de filetes horizontais em preto fosco. O para-choque discretamente pronunciado abriga as luzes indicadoras de direção e os faróis de neblina (quando equipados) dispostos na mesma abertura central para arrefecimento.

De lado, os para-lamas demarcam a caixa de roda suavemente, fazendo um contorno que se estende pelas portas e dá dinamismo ao conjunto; as janelas são arqueadas com linha de cintura ascendente.

No hatch, elas se unem com suavidade até a coluna D que é parcialmente finalizada pelas lanternas; já no sedan, uma queda abrupta acompanha a coluna menos inclinada até a composição do porta-malas.

Foto traseira do Ford Focus Sedan, exibindo o porta-malas e a lateral do motorista.

A traseira, as lanternas do hatch são verticais e se abrigam na ponta das colunas D, enquanto que o sedan traz peças triangulares com um discreto chanfro na tampa do porta-malas. Para 2004, uma leve reestilização trouxe um novo para-choque frontal e faróis com as luzes indicadoras de direção integradas.

Mecânica

Construído sobre a plataforma C170, o Focus de primeira geração esteve disponível com diferentes opções de motores de quatro cilindros e aspiração natural, quase sempre movidos somente a gasolina.

No começo, eram duas opções de blocos da família Zetec com 16 válvulas, sendo um 1.8 e um 2.0, ambos disponíveis unicamente com câmbio manual de cinco marchas.

Foto lateral do modelo pós facelift.

Em 2003, a Ford acrescentou a opção de transmissão automática de quatro marchas para o motor 2.0, enquanto o 1.8 foi substituído por um 1.6 de 8 válvulas ainda da família Zetec.

Dois anos depois, o 2.0 da linha Zetec é substituído por outro 2.0, mas da família Duratec, enquanto o 1.6 passou a ser flex para o ano/modelo 2008, último da primeira geração.

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Interior

Por dentro, o Focus apresenta o mesmo estilo inusitado do exterior, apostando em um painel com linhas dinâmicas e detalhes simples, mas caprichados.

Foto interna do Ford Focus G1, exibindo o painel de instrumentos, volante, console central, os bancos dianteiros e parte das portas.

O painel principal traz recortes diagonais que fogem completamente do tradicional, aproveitando esses ângulos para delimitar a posição de elementos como as saídas centrais de ar condicionado, o tabelier com o cluster de instrumentos e a moldura do console central que abriga um rádio do tipo 2DIN e os controles do ar condicionado.

O painel de instrumentos segue o layout clássico com quatro mostradores analógicos em semicírculo, acrescidos de um pequeno display de LCD para o odômetro e, ao lado, outro display menor com um computador de bordo básico. Os bancos podiam vir em tecido ou couro e o acabamento é predominantemente em plástico rígido de tons escuros.

Tecnologia

Embora pertencesse ao segmento dos médios, o Focus de primeira geração era um carro bastante simples no quesito tecnologia, deixando de fora muitos dos itens que eram oferecidos na variante europeia.

Foto interna da primeira geração.

De série, ele trazia itens como: ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos somente na dianteira, retrovisores com controles manuais, rodas aro 15 com calotas, entre outros.

As versões mais completas acrescentavam recursos como: vidros elétricos nas quatro portas, faróis de neblina, retrovisores com ajustes elétricos, rodas de liga leve aro 16, teto solar elétrico, entre outros.

Principais pontos fortes

Design

Todas as gerações do Focus gozam de boa reputação entre os brasileiros quando o assunto é visual, mas a primeira é, de longe, a mais impactante de todas.

Além de ter sido um sopro de modernidade em sua época de 0km, o primeiro Focus também trazia o estilo mais agressivo e ousado de todos eles, tendo envelhecido muito bem e sendo referência nesse tópico até hoje.

Qualidade

Apesar de ter sido fabricado na Argentina, o Focus oferecido no Brasil ainda era um projeto europeu e, portanto, trazia qualidades como o elevado nível de construção da carroceria, o interior de montagem correta e outros detalhes que deixavam claro se tratar de um produto acima dos produzidos localmente.

Dirigibilidade

Aliando conforto de rodagem a um comportamento dinâmico decente, o Focus entregava uma experiência de direção bastante superior ao Escort, sendo um dos grandes pontos altos do modelo médio.

Principais pontos fracos

Equipamentos

A versão brasileira do Focus não veio com uma infinidade de itens de conforto e comodidade que eram disponibilizados para o Focus europeu.

Faróis de xenon, ar condicionado digital, controles de tração e estabilidade são apenas alguns deles, além das variantes de carroceria como as peruas e os hatches de duas portas que jamais foram oferecidos no Brasil, bem como as versões de pegada esportiva como os RS.

Desempenho

O 2.0 da família Duratec foi o motor mais forte a equipar o Focus nacional de primeira geração, porém, mesmo ele conferia um comportamento no máximo “aceitável”. Nesse tópico, o Focus deixava a desejar perante alguns rivais.

Usados

Encontrar um Ford Focus em bom estado é uma tarefa cada vez mais complicada. A fama de manutenção cara dos Ford faz com que a grande maioria dos exemplares esteja bastante surrada, com dezenas de reparos por fazer, o que aumenta ainda mais a conta de quem pretende ajeitar um para deixá-lo em plenas condições de uso.

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