Saiba tudo sobre o Honda WR-V e conheça os principais pontos fortes e fracos desse modelo.
O Honda WR-V foi apresentado no mercado brasileiro logo no primeiro trimestre de 2017 já como ano/modelo 2018, pouco tempo depois de sua primeira aparição pública no Salão do Automóvel de 2016.
Projetado para ficar abaixo do HR-V como uma segunda opção de SUV compacto, mais acessível, o WR-V é baseado no Fit, mas traz design próprio e outras alterações que o distanciam do irmão de construção.
Sua produção para o mercado brasileiro foi encerrada logo no começo de 2022, acompanhando a saída de linha do Fit, o que inviabilizaria a continuidade do SUV.
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Design
O WR-V não faz questão alguma de esconder seus vínculos com o Fit, mas busca, ao mesmo tempo, deixar claro que mira em um público mais jovem e que necessita de um carro mais versátil, o que explica a altura mais elevada em relação ao hatch e os muitos adereços que conferem um estilo “aventureiro”.
Não por acaso, para muitos, o Honda WR-V é considerado uma espécie de sucessor do Fit Twist. Desenvolvido pela parceria entre os estúdios de design da Honda no Brasil e no Japão, o WR-V foi pensado especialmente para mercados emergentes, sendo comercializado em países como Índia e Chile.
De frente, ele traz faróis horizontais que “crescem” seguindo a linha do capô e incorporam LEDs para luz diurna/de posição em todas as versões, interligando-se por um grande detalhe cromado que dá acabamento para a grade central; os faróis de neblina, quando presentes, se encontram nas extremidades.
De lado, o desenho é praticamente o mesmo do Fit, trazendo as mesmas portas e janelas – a diferença fica para os apliques plásticos nos para-lamas, exclusivos do WR-V.
Por fim, a traseira conta com lanternas em formado de L que se estendem pela tampa do porta-malas que abriga a placa de identificação.

Em 2021, um discreto facelift trouxe mínimas novidades ao WR-V: a peça cromada que conecta os faróis diminuiu e a grade passou a trazer filetes horizontais.
Faróis e lanternas ganharam LEDs para luz baixa, alta, de posição (na frente e atrás), freio e ré, além de novos faróis de neblina por projetores de LED com molduras plásticas maiores no para-choque.

Para finalizar, o para-choque ganhou volume para proteger a tampa do porta-malas em colisões, corrigindo um velho e frequente problema de donos de Fit pré-facelift.
Veja também a avaliação completa que nós fizemos sobre os principais concorrentes do Honda WR-V:
- Renault Duster G1 – (2011-2019) – Avaliação, review e opinião;
- Volkswagen Nivus (2021 – 2023) – Avaliação, review e opinião;
- Nissan Kicks (2017-2023) – Avaliação, review e opinião;
- Fiat Pulse (2022 – 2023) – Avaliação, review e opinião.
Mecânica
Montado sobre a mesma plataforma dos antigos Fit, City e HR-V vendidos no Brasil, o WR-V foi oferecido com um único conjunto mecânico ao longo de sua trajetória por aqui: o motor 1.5 aspirado flex da família L15, de quatro cilindros, capaz de gerar até 116 cv e 15,3 kgfm, trabalhando sempre com câmbio automático do tipo CVT.
Esse motor conta com tecnologia de comando variável de válvulas i-VTEC, enquanto a transmissão adotou o sistema de simulação de marchas nos últimos anos/modelo do Honda WR-V, disponibilizando sete velocidades para o condutor trocar através da alavanca ou de paddle-shifters.
No mais, freios a disco apenas na dianteira e suspensão traseira por eixo de torção fecham o pacote do SUV compacto japonês em todas as versões.
Interior
Por dentro, com exceção do teto mais alto e do acabamento dos bancos, o WR-V é idêntico ao Fit de terceira geração em todos os detalhes – acabamentos plásticos, cluster de instrumentos, controles gerais, equipamento multimídia, volante, tudo.

O cluster mistura uma pequena tela com recursos do computador de bordo aos mostradores analógicos que cumprem as demais funções.
Dependendo da versão, a central multimídia traz tela de 5 polegadas sem suporte a touchscreen ou de 7 polegadas sensível ao toque, bem como o ar-condicionado que pode ser analógico ou digital sem botões físicos.

Os bancos podem ser em tecido com detalhes em bordô ou totalmente em couro preto, enquanto as colunas e o forro do teto são sempre em acabamento claro.
Tecnologia
Inicialmente disponível em duas versões, o Honda WR-V seguiu a política da Honda de não trazer nenhum equipamento opcional.
Como se posiciona acima do Fit, chegou com uma lista de equipamentos razoável composta por recursos como:
- Ar-condicionado;
- Trio elétrico (vidros, travas e retrovisores);
- Multimídia com tela de 5 polegadas e conexão Bluetooth;
- Volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade;
- Quatro airbags;
- Rodas diamantadas aro 16;
- Luzes diurnas em LED;
- Faróis de neblina;
- Piloto automático;
- Base para rack de teto.
No facelift apresentado no segundo semestre de 2020, uma nova versão de entrada foi lançada, abrindo mão de itens como o piloto automático e airbags laterais, mas ganhando controles eletrônicos de tração e estabilidade de série.
Já as variantes mais caras ganharam, além dos recursos de segurança:
- Faróis em LED com ajuste elétrico de altura;
- Faróis de neblina em LED;
- Lanternas redesenhadas também em LEDs;
- Ar-condicionado digital do tipo touch;
- Retrovisor interno fotocrômico e externos com rebatimento elétrico, entre outros.
Saiba mais sobre o Honda WR-V 2019 neste vídeo:
Principais pontos fortes
Consumo
Equipado com a conhecida dupla do 1.5 aspirado flex + câmbio CVT, o WR-V se gaba dos mesmos bons índices de consumo de combustível dos irmãos de plataforma. A leveza do conjunto também ajuda na tarefa.
Suspensão
Apesar da forte ligação com o Fit, inclusive em peças de carroceria, o acerto de suspensão do WR-V é muito superior e mais adequado ao típico asfalto brasileiro, enfrentando os obstáculos da pista com mais eficiência do que no irmão hatch.
Facelift
Os modelos pós-facelift trazem uma ótima lista de equipamentos e não chegam a custar tanto a mais, mostrando-se as opções mais indicadas para quem pensa em colocar um WR-V na garagem.
Principais pontos fracos
Desempenho
Enquanto o 1.5 aspirado com transmissão CVT faz bonito no consumo, o mesmo não pode ser dito do desempenho.
Com o torque máximo aparecendo somente em quase 5 mil giros, o motor precisa ser esticado sempre que o condutor necessita de mais força para, por exemplo, realizar ultrapassagens. Desempenho está longe de ser o forte do WR-V.
Design
Para uma marca acostumada a modelos de linhas bem acertadas e dinâmicas, o WR-V acabou destoando dos irmãos, trazendo um desenho que não foi tão bem recebido por uma boa parcela do público, o que ajuda a explicar o fato do modelo nunca ter sido um sucesso de vendas.
Pré-facelift
Os primeiros anos/modelo do WR-V não justificam a compra. Embora sejam mais baratos, abrem mão de equipamentos importantes que melhoram consideravelmente a segurança e a usabilidade do carro no dia a dia. É uma economia que não compensa.
Outros concorrentes diretos:
- Peugeot 2008;
- Citroën C4 Cactus;
- Hyundai Creta Action.
Histórico de versões
2017/2018 – EX e EXL – Linha 2018, modelo de lançamento.
2018/2019 – EX e EXL – Linha 2019.
Novidades – Todas as versões:
- Central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas;
- Ar-condicionado digital tipo touch.
Versão EXL:
- Bancos em couro;
- Retrovisor interno fotocrômico;
- Retrovisores externos com rebatimento elétrico;
- Apoio de braço dianteiro;
- Vidros com função um-toque.
2019/2020 – EX e EXL – Linha 2020.
2020/2021 – LX, EX e EXL – Linha 2021, facelift, modelo final.
Reposicionamentos:
- Acréscimo da versão LX.
Novidades – Todas as versões:
- Novos para-choques dianteiro e traseiro;
- Novo acabamento para a grade dianteira;
- Controles de tração e estabilidade.
A partir da versão EX:
- Faróis Full LED com ajuste elétrico de altura;
- Faróis de neblina em LED;
- Lanternas com luzes de posição, ré e freio em LED;
- Paddle-shifters para trocas manuais no volante.